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&Agrave; medida que o ano se aproxima do fim, &eacute; comum sentir que o peso dos meses anteriores se acumula &ndash; e n&atilde;o &eacute; s&oacute; impress&atilde;o. Entre metas para encerrar, demandas profissionais, compromissos sociais e expectativas familiares, o per&iacute;odo se transforma em um verdadeiro teste de resist&ecirc;ncia emocional. A psic&oacute;loga Mayrla Pinheiro, da Hapvida, explica por que essa sensa&ccedil;&atilde;o &eacute; t&atilde;o frequente e como reconhecer o momento de desacelerar antes que o cansa&ccedil;o vire esgotamento.
&ldquo;O fim de ano acumula a press&atilde;o de fechar ciclos (trabalho e metas anuais) com a alta demanda social e familiar (festas, presentes e eventos), gerando uma sobrecarga de tarefas e expectativas&rdquo;, explica a especialista.
Esse ac&uacute;mulo de exig&ecirc;ncias tem at&eacute; nome informal: a &ldquo;s&iacute;ndrome de novembro&rdquo;, um termo que, embora n&atilde;o seja um diagn&oacute;stico cl&iacute;nico, descreve perfeitamente o que muitas pessoas sentem nessa &eacute;poca. &ldquo;&Eacute; a soma da exaust&atilde;o acumulada ao longo do ano com a press&atilde;o final para dar conta de tudo antes da pausa&rdquo;, destaca Mayrla.
Enquanto o cansa&ccedil;o f&iacute;sico costuma passar ap&oacute;s uma boa noite de sono, a fadiga emocional d&aacute; sinais mais profundos: irritabilidade constante, dificuldade de concentra&ccedil;&atilde;o, perda de interesse em atividades prazerosas e uma sensa&ccedil;&atilde;o persistente de estar &ldquo;no limite&rdquo;, mesmo depois de descansar.
&ldquo;Quando isso acontece, &eacute; o corpo pedindo uma pausa real. Ignorar esses sinais pode levar a um esgotamento, enfraquecer o sistema imunol&oacute;gico e comprometer at&eacute; os momentos que deveriam ser de alegria e celebra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, alerta a psic&oacute;loga.
Segundo Mayrla, pequenas atitudes podem fazer uma grande diferen&ccedil;a no dia a dia. &ldquo;Priorize tarefas essenciais, delegue o que puder &ndash; em casa e no trabalho &ndash; e reserve pequenos blocos de tempo, de 15 minutos, apenas para respirar ou fazer algo que lhe d&ecirc; prazer&rdquo;, orienta.
Outra ferramenta importante &eacute; a aten&ccedil;&atilde;o plena. &ldquo;Focar em uma atividade de cada vez, mesmo as mais simples, como tomar um caf&eacute; ou lavar a lou&ccedil;a, ajuda a ancorar a mente no presente e reduzir a ansiedade&rdquo;.
O sono e a alimenta&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m t&ecirc;m papel direto no equil&iacute;brio emocional. &ldquo;Um sono de qualidade regula o humor e a mem&oacute;ria. J&aacute; uma alimenta&ccedil;&atilde;o equilibrada, mesmo que simples, fornece energia est&aacute;vel para o c&eacute;rebro lidar com o estresse sem oscila&ccedil;&otilde;es de irrita&ccedil;&atilde;o ou fadiga&rdquo;, explica.
Para a psic&oacute;loga, o descanso verdadeiro exige inten&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Um descanso restaurador &eacute; aquele em que voc&ecirc; se desconecta das obriga&ccedil;&otilde;es e dos est&iacute;mulos que geram estresse. &Eacute; poss&iacute;vel &ndash; e necess&aacute;rio &ndash; aprender a descansar&rdquo;.
E se desligar do trabalho durante as f&eacute;rias &eacute; um desafio para muitos, ela recomenda estabelecer limites antes da pausa. &ldquo;Defina hor&aacute;rios espec&iacute;ficos para checar e-mails &ndash; por exemplo, 15 minutos no primeiro dia &ndash; e, fora desse tempo, guarde o celular em outro c&ocirc;modo. O descanso precisa ser um compromisso ativo&rdquo;.
No fim das contas, mais do que fechar ciclos, o per&iacute;odo &eacute; um convite para olhar para si com gentileza. &ldquo;Lembre-se de que voc&ecirc; &eacute; mais do que sua produtividade. Seu valor n&atilde;o est&aacute; no quanto voc&ecirc; faz, mas em quem voc&ecirc; &eacute;. Permita-se ser gentil consigo mesmo agora; voc&ecirc; merece esse cuidado antes mesmo das f&eacute;rias chegarem&rdquo;, conclui Mayrla.

Acácio Sacerdote   Foto André Carvalho

O&nbsp;Encontro Empresarial RAP &ndash; Restaurantes de Alta Performance, realizado na &uacute;ltima semana no Sobrado da Vila, em Praia do Forte, foi um sucesso. Promovido pelo&nbsp;Grupo Food Qualy, em parceria com a Turisforte (Associa&ccedil;&atilde;o Comercial e Tur&iacute;stica de Praia do Forte) e Abrasel-BA, o evento reuniu empres&aacute;rios, gestores e profissionais do&nbsp;setor de bares e restaurantes&nbsp;para um dia de conte&uacute;dos pr&aacute;ticos, networking e inspira&ccedil;&atilde;o.
Durante o encontro,&nbsp;temas como gest&atilde;o de pessoas e sa&uacute;de mental dos colaboradores ganharam destaque nas discuss&otilde;es, refletindo uma preocupa&ccedil;&atilde;o crescente do segmento com o bem-estar das equipes e a constru&ccedil;&atilde;o de ambientes de trabalho mais saud&aacute;veis.
&ldquo;Foi um momento de troca muito rico. Ficou evidente que os desafios de gest&atilde;o de pessoas e o cuidado com a sa&uacute;de mental das equipes s&atilde;o pautas urgentes e fundamentais para o sucesso de qualquer opera&ccedil;&atilde;o gastron&ocirc;mica&rdquo;, destacou Ac&aacute;cio Sacerdote, CEO do Grupo Food Qualy. &ldquo;Diante da repercuss&atilde;o positiva e da relev&acirc;ncia do tema,&nbsp;decidimos promover uma nova edi&ccedil;&atilde;o do RAP ainda em 2025, em Salvador, dedicada exclusivamente &agrave; gest&atilde;o de pessoas&rdquo;, completou.
<img src="https://musicaemais.nvgo.app/assets/6e47a274-d06c-4f31-b7b6-dd0bd3f8a4f9.jpg?width=1125&amp;height=1143" alt="">
Al&eacute;m de debates sobre lideran&ccedil;a, engajamento e estrat&eacute;gias de reten&ccedil;&atilde;o de talentos, o evento apresentou cases de sucesso de empres&aacute;rios locais, que compartilharam suas trajet&oacute;rias, aprendizados e pr&aacute;ticas que t&ecirc;m impulsionado a profissionaliza&ccedil;&atilde;o do setor na Bahia.
Com palestras t&eacute;cnicas, pain&eacute;is tem&aacute;ticos e um happy hour de encerramento com m&uacute;sica ao vivo, o RAP consolidou-se como um dos principais espa&ccedil;os de atualiza&ccedil;&atilde;o e conex&atilde;o entre profissionais do ramo gastron&ocirc;mico. A nova edi&ccedil;&atilde;o em Salvador, com foco integral em Gest&atilde;o de Pessoas, ter&aacute; sua data anunciada em breve.

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O sil&ecirc;ncio masculino tem custado caro. Homens vivem menos, se cuidam menos e carregam, muitas vezes, suas dores em sil&ecirc;ncio. De acordo com a OMS (2022), eles s&atilde;o respons&aacute;veis por 78% dos suic&iacute;dios, ainda assim, procuram ajuda psicol&oacute;gica seis vezes menos do que as mulheres (Fiocruz, 2021). O resultado? Uma masculinidade em crise marcada por solid&atilde;o, crises emocionais e comportamentos destrutivos.
Grande parte dos homens admite sentir-se sozinho e sem espa&ccedil;o para compartilhar suas fragilidades. Sem di&aacute;logo, muitos acabam buscando ref&uacute;gio em v&iacute;cios como &aacute;lcool, drogas ou pornografia. Cada vez mais lares s&atilde;o desfeitos e milh&otilde;es de crian&ccedil;as crescem sem refer&ecirc;ncia de pai e enfrentam maiores dificuldades na escola, sofrem com a autoestima e ficam mais vulner&aacute;veis aos v&iacute;cios.
&ldquo;N&atilde;o se trata apenas de sa&uacute;de mental: &eacute; uma quest&atilde;o que impacta diretamente o futuro do pa&iacute;s. Os n&uacute;meros revelam que n&atilde;o se trata apenas de sa&uacute;de mental individual, mas de uma quest&atilde;o social urgente. 95% dos homic&iacute;dios no Brasil s&atilde;o cometidos pelo g&ecirc;nero masculino e mais de 70% da popula&ccedil;&atilde;o carcer&aacute;ria cresceu sem a presen&ccedil;a do pai&rdquo;, revela Ricardo Martins, membro do Legend&aacute;rios Brasil.
O movimento Legend&aacute;rios surge como resposta pr&aacute;tica e ferramenta transformadora. &ldquo;Nos encontros, que chamamos de TOPs (Track Outdoor de Potencial), eles aprendem que abrir o cora&ccedil;&atilde;o, pedir ajuda e buscar apoio espiritual n&atilde;o &eacute; sinal de fraqueza, mas de coragem. &Eacute; um chamado ao resgate de irm&atilde;os que est&atilde;o em solid&atilde;o, combate a escalada de div&oacute;rcios, v&iacute;cios e viol&ecirc;ncias&rdquo;, comenta.
Criado na Guatemala e hoje presente em diversos pa&iacute;ses, o projeto dominou o Brasil sob o prop&oacute;sito de oferecer espa&ccedil;os de escuta, vulnerabilidade e f&eacute;. Em ades&atilde;o ao m&ecirc;s de Setembro Amarelo, o movimento movimenta as redes sociais com conte&uacute;dos informativos com objetivo de impactar nas estat&iacute;sticas e transformar o contexto social e familiar.

Psicólogo revela os benefícios de abandonar filtros de beleza aumentada

Em uma era dominada pela perfeição digital, um movimento está ganhando força nas redes sociais: a remoção dos filtros de beleza criados por terceiros, prevista para acontecer nesta terça, 14 de janeiro. De acordo com a Meta, nos últimos anos, mais de 600 mil pessoas, de mais de 190 países, criaram filtros na plataforma. A decisão promete transformar a maneira como nos apresentamos online e como nos percebemos e nos aceitamos no mundo real.
De acordo com o psicólogo George Barbosa, da Hapvida Notredame Intermédica, essa alteração pode trazer benefícios significativos para a saúde mental e a autoestima dos usuários. "A mudança tende a promover a autoaceitação, diminuir a invalidação do eu natural e despadronizar a beleza", afirma. Ele argumenta que, quanto mais as pessoas fingem ser algo que não são, mais infelizes se tornam. A ausência desses filtros, portanto, incentiva um exercício diário contra a frustração da padronização da beleza.
Embora Barbosa preveja que muitas pessoas inicialmente resistirão à mudança, ele acredita que aqueles que abraçarem a ideia de se verem como realmente são desfrutarão da liberdade plena. "Além do autoencorajamento e do trabalho constante da sua imagem e autoestima, haverá uma maior empatia à noção de imperfeição", explica o psicólogo.
Um dos problemas mais sérios associados ao uso excessivo de filtros é a dismorfia corporal. Barbosa esclarece. "Diferente dos transtornos de imagem como bulimia e anorexia, a dismorfia corporal é uma noção distorcida de sua imagem devido ao que você tende a projetar de si por alguma imposição estética pessoal ou social." Isso pode levar à desvalorização da identidade real.
Saúde mental
De acordo com o psicólogo, a restrição do uso de alguns efeitos de aparência podem trazer vantagens duradouras na saúde mental dos usuários. Barbosa projeta "uma empatia melhor e um maior entendimento sobre traços físicos e identitários de si e dos outros usuários das redes sociais". Isso pode levar à autovalidação e à diminuição da busca incessante por padronizar rostos e corpos. Para aqueles que desejam começar a compartilhar imagens mais autênticas, o profissional recomenda: iniciar com fotos em que se sintam mais confortáveis, escolher locais considerados bonitos para as postagens, focar no autocuidado em vez de intervenções cirúrgicas, cuidar mais do sorriso, da pele e outros aspectos naturais.
Para pessoas que já desenvolveram problemas de autoestima devido ao uso excessivo de filtros, George sugere um trabalho constante e progressivo de autoexposição. "É importante compreender que a opinião das pessoas não te define e que há traços que são marcas dos povos aos quais sua herança genética faz parte", afirma. Segundo o especialista, esse movimento é um convite à autenticidade, à aceitação e à valorização da diversidade humana. "Se observar é um exercício diário de sabedoria, afeto consigo mesmo e resistência. À medida que navegamos por essa nova era de autenticidade digital, podemos esperar uma sociedade mais empática, autoconsciente e, acima de tudo, real", finaliza.

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